Esgotamento físico e mental, depressão, sensação de não realização pessoal, profissional e de incapacitação e até pensamentos suicidas. Está sendo muito mais comum do que você imagina.
Como está o seu ritmo de trabalho?
Você consegue manter uma rotina, com equilíbrio entre sua vida pessoal e profissional?
Consegue chegar em casa, jantar com sua família, acompanhar o crescimento do seu filho e dar atenção ao seu cônjuge?
Para onde você viajou nas suas últimas férias? Você teve férias, certo? Não? Como assim?
Pois bem, muitos profissionais estão fadigados de tanto trabalhar que até tornou-se um vício! Isso tem ocorrido com muita frequência e desencadeia além de estresse excessivo, prejudica inclusive a qualidade da alimentação, muitas vezes fora de hora, fast food ou até jejum alimentar e excesso de cafeína e cigarro; para relaxar, a cervejinha que ninguém é de ferro! E a saúde? Essa ficou em segundo plano. Então, o que fazer?
E se esses sintomas mencionados acima, tratar-se da Síndrome de Burnout?
A síndrome necessita ser reconhecida como doença para que possam ser implementadas medidas para sua prevenção. Veja se você se identifica com alguns sintomas abaixo:
Você não se desliga do trabalho e esquece até de você mesma;
Não cuida das suas necessidades básicas de saúde, pois eles nunca são prioridades
Momentos de descanso, lazer e tempo com a família, não o satisfaz, apenas os resultados profissionais
Distancia-se de todos, a vida social perde seu sentido
Torna-se exigente com os outros, como se os demais fossem incompetentes e descomprometidos
Todos percebem suas mudanças; de uma pessoa alegre, tornou-se apática e sem vida;
Não enxerga seu valor e espera a valorização alheia
Busca realização e satisfação em situações não benéficas, como álcool, drogas e ou sexo
Sem motivação para viver, sentimento depressivo, desanimado
Sente necessidade de provar a todos o seu valor profissional e faz mais e mais a cada dia
Sem perspectivas, pode ter pensamentos suicidas.
"Ao longo dos anos, essa síndrome tem se estabelecido como uma resposta ao estresse laboral crônico integrado por atitudes e sentimentos negativos. No Brasil, o Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, aprovou o Regulamento da Previdência Social e, em seu Anexo II, trata dos Agentes Patogênicos causadores de Doenças Profissionais. O item XII da tabela de Transtornos Mentais e do Comportamento Relacionados com o Trabalho (Grupo V da Classificação Internacional das Doenças – CID-10) cita a “Sensação de Estar Acabado” (“Síndrome de Burnout”, “Síndrome do Esgotamento Profissional”) como sinônimos do Burnout, que, na CID-10, recebe o código Z73. (PÊGO 2016)
A SB ocorre na maioria das vezes, em profissionais que atuam direta e constante com outras pessoas, com a função nobre de ajudar o outro, contribuir para o bem estar do outro, seja no âmbito do conhecimento ( professores), na saúde (médicos, enfermeiros) na área emocional (psicólogos e assistentes sociais) na segurança (policiais, bombeiros) e etc.
Esse estresse laboral, ocorre quando a pessoa se esforça demasiadamente acima de suas possibilidades e se isso houver uma frequência constante e por muito tempo, poderá desencadear enfermidades físicas e emocionais (alterações cardiorrespiratórias, gastrite e úlcera, dificuldade para dormir, náuseas) e afetará principalmente, seu rendimento do trabalho, o deixando ainda pior, já que o trabalho tornou-se o centro da sua vida.
Me identifiquei com essa Síndrome de Burnout. O que eu faço?
Detectou-se cerca de 72% das pessoas ativas no mercado de trabalho aqui no Brasil, apresentem algum problema relacionado ao estresse ocupacional, e aproximadamente 32% delas são diagnosticadas como tendo Síndrome de Burnout (SB).
Ainda estuda-se métodos eficazes para o tratamento do SB. Ainda não há evidências assertivas de intervenções para ajudar o paciente a mudar seu comportamento, pois podem haver efeitos benefícios e riscos de alternativas terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas já usadas na prática clínica para promoção da saúde do trabalhador no sentido de prevenir e tratar a SB.
Há publicados vários artigos relatando estudos de intervenções que ajudaram no tratamento do SB, a qual, terá maior êxito, se conseguir associar todas as sugestões listadas abaixo:
TCC - Treinamento cognitivo-comportamental
Relaxamento mental e físico (massagem e meditação)
Intervenções organizacionais (mudanças nas condições de trabalho, suporte organizacional, mudança do tipo de cuidado em saúde, aumento das habilidades de comunicação e mudança nas escalas de trabalho)
Das 3 intervenções mencionadas, os estudos apresentaram melhores resultados na 3a opção, mas associá-las as opções 1 e 2, ampliará as possibilidades de obtenção de maior sucesso.
Enfim, pesquisei sobre esse tema, li alguns artigos e me identifiquei com alguns sintomas mencionados acima e confesso que as intervenções sugeridas de fato me ajudam a manter o equilíbrio entre trabalho, lazer, família. Mas, o que de fato tem preenchido com prazer, é escrever conteúdos de todo conhecimento que venho adquirindo ao longo dos meus dias e principalmente, os estudos bíblicos, onde posto aqui no Menu Blog, sobre a palavra de Deus que me motiva a continuar a viver uma vida plena e feliz.
Fontes:
Pêgo, Francinara Pereira Lopes, and Delcir Rodrigues Pêgo. "Síndrome de burnout." Rev. bras. med. trab (2016): 171-176.
Newsletters Projeto Viva Bem
LATORRACA, CAC, et al. "O que as revisões sistemáticas Cochrane dizem sobre prevenção e tratamento da síndrome de burnout e estresse no trabalho." Diagn Tratamento 24.3 (2019): 119-25.
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Como é importante esse assunto. Obrigado por postar