Atividade acadêmica sobre o artigo científico acima apresentado.
de Azevedo, Fernanda Reis, and Bruna Cristina Brito. "Influência das variáveis nutricionais e da obesidade sobre a saúde e o metabolismo." Revista da Associação Médica Brasileira (English Edition) 58.6 (2012): 714-723.
Esse artigo já foi da revisão de vários outros artigos. Foi um apanhado de publicações das principais revistas científicas brasileiras de 2010 e 2011. “Revista da Associação de Medicina Brasileira”, “Jornal de Pediatria”, “São Paulo Medical Journal” e “Genetic and Molecular Biology”.
Os autores perceberam em sua pesquisa que quando a mulher está grávida, a má alimentação, rapidez na transição nutricional, pratica de atividade física sem adequação proteica da dieta e baixa estatura da mãe ocasionou uma privação nutricional para o feto e esses fatores geraram consequências graves nesse indivíduo ainda na fase de adolescente e pré-púbere.
As consequências destacadas foram: Baixa estatura dos adolescentes e obesidade precoce, gerando enfermidades que poderá levá-los a síndrome metabólica.
Com escassez da vitamina A nas mães, pode gerar no adolescente a hiperglicemia que por sua vez, desequilibra sua absorção na adolescente, levando-o a toxicidade hepática.
O aleitamento materno também gera impactos positivos e negativos na vida futura dessas crianças. Os erros nutricionais no primeiro ano de vida podem afetar a saúde infanto/juvenil podendo apresentar asma e alergias (principalmente se consumiram leite de vaca antes dos 4 anos de idade e maior ainda se o consumo foi antes dos 4 meses). Desta forma, foi quebrado o ciclo de aleitamento exclusivo e formando uma flora intestinal suscetível a alergias.
O estudo afirma que a prevalência da obesidade na idade púbere (infanto juvenil) é até 5x maior em escolas particulares do que em escolas públicas. Importante salientar que é necessário realizar ações educativas na escola com envolvimento dos pais para o controle e até diminuir a incidência dessa condição.
O ambiente escolar é considerado ideal para implementação de estratégias de prevenção e controle de questões de saúde como a obesidade com o intuito de reduzi-lo através de atividades de conscientização comportamental e alimentar. Algumas ações foram apresentadas para usarem em duração superior a um ano, com introdução como atividade regular da escola, envolvimento dos pais, introdução da educação nutricional no currículo regular e fornecimento de frutas e verduras pelos serviços de alimentação da escola. Este resultado enfatiza o valor de intervenções simples, mas bem conduzidas para esta população.
Os autores afirmam que com a chegada da obesidade na infância, os médicos começam a se preocupar com a síndrome metabólica que permeia essa doença. A síndrome metabólica é um conjunto de doenças associadas como consequência da obesidade e que alguns parâmetros, nos adultos, são considerados para se estabelecer a síndrome no adulto. Porém, nesse artigo os autores afirmam que para se estabelecer a Síndrome Metabólica em crianças, esses parâmetros são um pouco diferentes dos adultos.
· Circunferência abdominal – Ainda não foram definidos valores de referência para esta medida, sendo necessária padronizar para melhor diagnosticar.
· Diabetes melittus– Foi considerado o mesmo percentil do adulto de 110mg/ml para resistência insulínica;
· Pressão arterial – avalia-se a composição corporal ajustados para altura, sexo e idade.
· Esteatose hepática – Análise inédita na fase infantil.
· Riscos cardiovasculares – Tendo critérios para diagnósticos diferentes em cada faixa etária.
Observou-se uma alta prevalência de fatores de risco modificáveis, especialmente tabagismo, seguido por pré-diabetes e sobrepeso, o que sugere a necessidade de medidas preventivas específicas para esta faixa etária. Encontrou-se também fatores de risco cardiovasculares, alteração da derme relacionada à síndrome metabólica, doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) podendo ter como a evolução para cirrose seguida de morte. Nas crianças consideradas obesas, observou-se uma maior porcentagem de alterações ortopédicas principalmente nos membros inferiores.
Alterações metabólicas podem influenciar a síntese, secreção e composição da saliva podendo gerar consequências importantes como a desmineralização dos dentes e alterando estruturas protetoras da boca. Além da obesidade, a má alimentação causa deficiências nutricionais, como por exemplo prevalência de deficiência de vitaminas B6 e B12 e folato em adolescentes brasileiros.
O exercício físico está envolvido na prevenção e tratamento da obesidade e comorbidades relacionadas a ela.
Destaco nesse texto, 4 hormônios que participam no processo da obesidade.
Adipocinas, Serotonina, Leptina e Grelina
É importante que o Nutricionista tenha conhecimento da ação dos hormônios no organismo para que atue de forma a elevar os hormônios que os ajudarão no controle da obesidade e diminuir a secreção dos hormônios maléficos a essa condição de obeso. São eles:
Adipocinaé a proteína secretada pelo Tecido Adiposo Branco (citocina) que participam da inflamação e resposta do sistema imune.
A Grelina, também conhecida como o "hormônio da fome", é um hormônio peptídeo produzida principalmente pelas células épsilon do estômago e do pâncreas quando o estômago está vazio e atuam no hipotálamo lateral e no núcleo arqueado gerando a sensação de fome.
A Leptinaé um hormônio que atua na sinalização entre o sistema nervoso central (hipotálamo) e o tecido adiposo regulando a ingestão alimentar, o gasto energético e com isso, a composição corporal;
A Grelina- "hormônio da fome" - é um hormônio peptídeo produzida no estômago e no pâncreas. Atua na regulação central da ingestão alimentar e no balanço energético, estimulando o apetite, a lipogênese, a adipogênese e reduzindo a taxa metabólica. A elevada concentração circulante de grelina apresenta-se em pacientes anoréxicos e reduzida em obesos. Sua ação pode levar à diminuição da adiposidade, pois estimula a secreção do (GH) hormônio do crescimento, conhecido por seu efeito lipolítico (emagrecer).
A serotonina desempenha um importante papel no sistema nervoso, com diversas funções, como a liberação de alguns hormônios, regulação do sono, temperatura corporal, apetite, humor, atividade motora, funções cognitivas e apetite. Baixos níveis de serotonina, relaciona-se ao aumento do desejo de ingerir doces e carboidratos (influenciando a obesidade)
A obesidade impacta na funcionalidade do sistema respiratório devido à diminuição da expansibilidade do tórax, comprometendo a mobilidade do diafragma e reduz a capacidade e volume pulmonar.
Sobre a cirurgia bariátrica, destaco uma consequência importante que devemos cuidar antes da cirurgia e mantê-las após a cirúrgia. Me refiro às deficiências nutricionais que são inerentes às alterações estruturais que ocorrem no trato gastrointestinal decorrente do procedimento escolhido. Essas deficiências variam de acordo com p método da cirurgia realizada.
Recomenda-se a prescrição de polivitamínicos e minerais de forma individual (megadoses para garantir uma boa biodisponibilidade), de acordo com as necessidades do paciente e do tipo de procedimento realizado. (Exemplo: tiamina, o ferro, o cálcio e as vitaminas A, E, D, B12, e suporte complementar de proteína e de ácidos graxos)
Destaco também o selênio e a metformina que devem ser suplementadas após a bariátrica, devido suas funções benéficas ao organismo.
O Selênio devido sua função antioxidante e agente anticarcinogênico;
A Metformina que ajuda a controlar o nível de açúcar no sangue, reduzindo a chances de o diabetes prejudicar outros sistemas do seu corpo. Hipoglicemiante.
Questões apresentadas em trabalho acadêmico do curso de Nutrição – UNIP 2020.
Angela Dias