Antes do sol raiar, seus produtos já estão à venda.
Hoje, é um dia especial, talvez você não saiba o porquê e talvez nem os próprios feirantes saibam que hoje é o dia dele. Tão envolvidos com seu trabalho tão bonito, porém, de muito esforço e dedicação. São profissionais (produtores outros apenas comerciantes) que trabalham frutas, legumes, verduras, cereais, carnes em geral, vestimentas, serviços e até barraquinha de pastel com caldo de cana, dentre outros, uma grande diversidade para atender seus fregueses. Isso mesmo, o cliente de feira, chama-se de freguês.
Quem nunca visitou uma feira, não conhece a experiência de visitar barraca em barraca, conversar com os feirantes, pedir dicas de receitas, criar um vínculo agradável e virar freguês.
Antigamente, tinha um caderninho do “fiado” e eles anotavam a compra do dia e no fim do mês o freguês pagava tudo de uma vez. Hoje, eles tem a tecnologia na palma da sua mão e pagamos com cartão de crédito.
“Olha a xepa!” Sabe o que é isso? Ao meio dia, eles trocam as plaquinhas de preço e fazem promoções, pois encerra-se a feira às 13h e eles não querem voltar para casa com sua mercadoria.
Há “freguês” que não costumam ir à feira devido ao barulho das chamadas dos feirantes, com elogios, gracinhas, tudo para despertar atenção, pois a concorrência está alí do seu lado, um outro feirante, claro. Há quem goste das frases animadas como: “Moça bonita não paga, mas também não leva”, deixando o clima mais descontraído.
Se você for cedinho, inicia-se as 7h, nem precisa tomar café, pois eles oferecem várias frutas para degustação e são bem saborosas. Se forem na hora do almoço, se deliciam com o tradicional e famoso pastel de feira com caldo de cana. Realmente, pode ser um passeio divertido.
A primeira feira livre ocorrida no Brasil foi em 1914. Os imigrantes portugueses chacareiros, quando seus produtos não eram vendidos em suas quitandas, apoiado pela prefeitura, vendeu então diretamente ao consumidor no Largo General Osório e o prefeito de São Paulo, o Sr. Washington Luis oficializou as feiras livres no Brasil, a partir do Ato 625. Interessante saber, não é mesmo? Atualmente são administradas através da Lei nº492/84.
O visual das bancas em exposição são bonitos, coloridos, com frutas e vegetais frescos. O brilho do sol deixa o clima especial, mas existe a chuva e o frio, e eles não desanimam, chegam bem cedinhos e preparam tudo para que tenhamos tudo de boa qualidade para nos oferecer. Vida dura, sacrificante, mas fazem por amor.
Qual a mamãe que nunca levou uma panela de pressão para trocar a válvula de segurança ou comprar a borracha, desamassar a tampa?
Muitas famílias vivem dessa renda e normalmente o trabalho é familiar e vai passando de pai para filho.
Por isso reafirmo, quem ama o que faz, realiza com prazer e feliz. Sua remuneração é fruto de muito suor, em plantar, colher, transportar, vender, adminsitrar o estoque e as sobras, cuidar da logística (há a opção Delivery), limpar sua barraca, administrar sua receita para que seu negócio não saia do seu controle. Muitos profissionais, nem concluíram o ensino médio, mas a sua experiência, foi a escola da vida e fazem contas sem calculadora. Um grande exemplo de força e garra.
Viva o Feirante.
Angela Dias
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